Ana quer ser famosa

Ana tem 8 anos. Ela quer ser famosa. Vive falando que, quando crescer, vai fazer muito sucesso, cantando e dançando.
A mãe de Ana sempre diz:
_ Mas não pode parar de estudar!
Ana diz que vai ser famosa, mas vai ter outras profissões, como professora de inglês e advogada. Ela só não sabe como vai conseguir trabalhar tanto!
Todo dia a menina fica em frente ao espelho ensaiando seus passos de danças e suas músicas preferidas. 
Às vezes, até parece que ela tem uma plateia assistindo-na.
Ana ainda não sabe, mas ela já é famosa. Ela tem até fã. Sua mãe é sua admiradora número 1.
O sucesso que ela faz é o maior do mundo, no mundo da Ana!

Ana quer um bichinho

        Ana tem 8 anos. Ela quer um bichinho de estimação. Mas Ana tem medo de tudo. Ela tem pavor de cachorro, mesmo quando é um filhote.

        Na casa da prima de Ana tem uma cachorrinha. O nome dela é Diny. A bichinha é super dócil, mas Ana morre de medo dela.

        Quando sua prima quer brincar no quintal, Ana pede para prender a Diny. Se ela fica solta, a menina não sai de dentro de casa e lá dentro não tem graça brincar. Gostoso mesmo é correr e pular no quintal.

        Mesmo assim Ana quer um bichinho de estimação. A mãe da menina quer saber:

_ Se eu te der um cachorrinho, você vai viver?

_ Claro, mamãe! Vou pular e vou correr, mesmo se ele me morder.

        A mãe de Ana ainda não sabe se um bichinho ela vai ter, mas já entendeu que a menina ama os animais pra valer. Mesmo sentindo tanto medo.

Ana não quer dormir

Ana tem 8 anos. Ela não quer ir dormir. Todas as noites a mãe de Ana diz:

_ Filha, já está na hora de dormir. Amanhã o dia começa bem cedo para você!

Mas a menina não quer nem saber. Ela não quer perder nenhum minuto das suas brincadeiras.

A mãe de Ana insiste e a menina reclama:

_ Sempre que a brincadeira está ficando boa, já é hora de ir dormir!

Certa vez, Ana desobedeceu a sua mãe e ficou brincando até mais tarde. No outro dia, ela quase não conseguiu acordar. Foi para a escola morrendo de sono.

Ana havia esquecido, mas naquele dia ela tinha uma prova de matemática. Naquele momento, ela pensou:

_ Estou com tanto sono que nem consigo raciocinar para esta prova!

Ana não conseguiu se concentrar e o resultado da prova foi uma catástrofe.

Desse dia em diante, Ana entendeu: dormir bem para tirar 100!

Ana quer ser igual à mamãe

Ana tem 8 anos. Ela quer ser igual a sua mãe. Por isso, Ana gosta de brincar com os sapatos de sua mãe e, sempre, usa os batons preferidos dela.

A mãe da menina, às vezes, não gosta que Ana pegue suas coisas, porque ela sempre deixa tudo bagunçado. A mãe da garota diz:

_ Ana, quando pegar minhas coisas, guarde tudo no lugar!

Ana escuta, mas toda vez que brinca com os objetos de sua mãe, ela esquece onde pegou e não guarda no lugar certo.

Quando a mãe de Ana vai procurar seus objetos, nunca os encontra e fica brava:

_ Não quero mais que pegue minhas coisas, entendeu Ana?

A menina sabe que fez algo errado e tenta se desculpar:

_ Desculpe mamãe! Mas é que eu acho tudo tão bonito, que não consigo parar de usar!

A mãe de Ana achou legal saber que sua filha gosta do jeito que ela é. Ficou muito orgulhosa de saber que Ana gosta de imitar tudo que a mãe dela faz. Então ela disse:

_ Tudo bem, minha filha. Você pode brincar com minhas coisas, só guarde-as de volta ao terminar!

A mãe de Ana entendeu: orgulho de filha, bagunça vira.

Ana respeita as diferenças

Ana tem 8 anos. Ela adora tudo que é diferente.

Um dia, Ana pediu um tênis roxo à sua mãe. Sem entender o motivo da escolha, a mãe da menina perguntou:

_ Mas por que tem que ser roxo?

_ Porque todo mundo tem tênis branco ou preto. Eu gosto de coisas diferentes, eu quero roxo!

A mãe achou engraçado, e disse que depois providenciaria um tênis roxo para a garota.

Ana, então, foi para a escola toda feliz e ao chegar percebeu que alguma coisa estava diferente. Todos os alunos estavam cochichando, olhando para trás.

Logo a menina viu que havia um aluno novo na sala, Miguel. Mas ele era um pouco diferente.

Na hora do recreio, os alunos foram brincar menos Miguel. Ele ficou no canto, sozinho. Ana resolveu ir lá conversar um pouco, conhecer o novo colega.

Quando se aproximou, Miguel foi logo perguntando:

_ O que você quer? Veio rir de mim também?

_ Não! Só queria saber seu nome – respondeu Ana, toda sorridente.

_ Me chamo Miguel. E nem vem me dizer que eu tenho cara de pastel que...

Ana nem deixou ele terminar e já foi logo dizendo:

_ Você é legal! Tem umas rodinhas bacanas. Posso te empurrar?

Miguel ficou surpreso. Nunca ninguém o havia achado legal.

Eles passearam pelos corredores da escola e descobriram um monte de coisas que poderiam fazer juntos. E isso se repetiu por vários dias.

Ana e Miguel ficaram muito amigos e um dia, o garoto perguntou:

_ Ana, por que você me acha legal?

A menina respondeu com toda a certeza:

_ Porque você é diferente. Eu adoro tudo que é diferente!!

Ana sempre soube: quem gosta do diferente, sabe ser gente!

Autora: Carla Monique

Ana não sabe dividir

Ana tem 8 anos. Ela não gosta de dividir seus brinquedos.

Quando seus priminhos vão brincar em sua casa, Ana não gosta de emprestar nada. É um tal de “é meu” pra cá, “é meu” pra lá. Então, chega a hora dos primos irem embora e Ana fica brincando sozinha, mas logo ela cansa e diz:

_ Brincar sozinha não tem graça!

Certa vez, a mãe de Ana foi visitar uma amiga que tinha uma filha, a Maria Luiza. Ela também não gostava de compartilhar nenhum dos seus brinquedos. Tudo que Ana pegava para brincar, a menina gritava:

_ É meeeeeu!

Ana já estava chateada com aquela situação e ficava pensando: “que menina chata, não quer me emprestar nada!”

Na hora de ir embora, a mãe de Ana perguntou:

_ Gostou da nova amiguinha, minha filha?

_ Eu não! Ela é muito egoísta! – respondeu a menina.

Sua mãe, então, aproveita para explicar que Ana faz a mesma coisa com os seus brinquedos e que se ela não gostava daquela atitude, deveria mudar a dela também.

Ana agora entendeu: se compartilhar, amigos vai conquistar!

Autora: Carla Monique

Ana não come cenoura

Ana tem 8 anos. Ela não gosta de cenoura. Na verdade, ela não gosta de cenoura nem de arroz, feijão, salada. Ana só gosta de comer hambúrguer, batata frita, salgadinhos e muito chocolate. Aliás, ela ama chocolates.

A mãe da menina sempre explica:

_ Ana, você tem que comer direito, senão você vai ficar doente!

Mas a garota não quer saber de nada disso e sempre dizia a mesma coisa:

_ Eu não gosto dessas comidas coloridas. Tem gosto de terra!

E toda refeição era a mesma ladainha: a mãe de Ana tentando e ela se negando a comer aquelas comidas coloridas.

Certa manhã, a mãe da menina achou estranha a casa tão tranquila. Ana estava bem quietinha, sem ânimo para nada e perguntou:

_ O que houve minha filha?

_ Ai, mamãe, estou com uma moleza no corpo! – respondeu a garota.

Rapidamente sua mãe pegou o telefone e chamou o médico para verificar o que estava acontecendo com Ana.

O médico fez todos os exames e disse que a menina estava com anemia e que teria que tomar alguns cuidados. Então, o doutor perguntou:

_ Você tem se alimentado bem, Ana?

Mais que depressa a mãe da menina respondeu:

_ Ela só quer comer besteiras, doutor!

O médico explicou para Ana que todos nós precisamos de vitaminas e nutrientes que só os alimentos saudáveis possuem. Se não comemos direito, ficamos fracos, sem energia e podemos até contrair doenças, como a anemia.

Ana agora entendeu: se comer cenoura, a saúde fica boa!

Autora: Carla Monique

Ana quer um irmãozinho

Ana tem 8 anos. Ela quer muito um irmãozinho, mas está um pouco difícil convencer o papai e a mamãe. Eles sempre falam:

_ Ana, você já vale por dez!

Mas para a menina essa desculpa não é o suficiente, porque na hora de brincar ela não tem dez irmãozinhos para lhe fazer companhia.

Às vezes, Ana choraminga:

_ Não tenho ninguém para brincar comigo!

Então, sua mãe a leva para a casa de seus priminhos, e lá ela brinca de pular corda, de bicicleta, de boneca, de esconde-esconde. É tanta brincadeira que, ao chegar em casa, Ana está super cansada e vai direto para sua cama.

Antes de dormir, Ana gosta de conversar com Deus. E, nesta noite, ela tem muito à agradecer:

_ Papai do céu, eu sei que o Senhor ainda não me deu um irmãozinho, mas não tem problema porque eu tenho muitos priminhos!

Nesse dia Ana aprendeu: se não tem irmãos, os primos são a solução!

Ana não escova os dentes

Ana tem 8 anos. Ela não gosta de escovar os dentes. Todas as manhãs sua mãe diz:

_ Ana, vai escovar os dentes!

Ana vai resmungando. Acha chato ter que parar de brincar para escovar os dentes.

Depois do almoço a menina vai para a escola. Ela come e logo pega sua mochila para esperar o escolar. A mãe da garota pergunta:

_ Ana, você já escovou os dentes?

Lá vai Ana escovar os dentes de novo. “Por que escovar os dentes toda hora?” – pensa a menina.

Quando chega da escola, Ana quer assistir à televisão, comendo um lanchinho. Sua mãe diz:

_ Minha filha, sempre escove os dentes depois das refeições!

_ Mas, mãe, eu já escovei os dentes hoje!

A menina está chateada de perder seu programa de TV preferido para escovar os dentes de novo.

No outro dia, Ana não acorda bem. Ela está com muita dor de dente. Sua mãe a leva para o dentista e ele explica que Ana tem um bichinho nos dentes chamado cárie e que estão destruindo tudo e, por isso, está sentindo tanta dor.

O doutor explicou que para que isso não aconteça mais, Ana tem que escovar os dentes sempre após as refeições e evitar comer tantos alimentos com açúcar.

Ana agora entendeu o que o doutor explicou: em dentes escovados, bicho é exterminado!  

Autora: Carla Monique

Ana não arruma a cama

        Ana tem 8 anos. Ela não gosta muito de arrumar a sua cama. Todo dia de manhã sua mãe diz:

        _ Ana, vai arrumar a sua cama!

        Ela resmunga. Acha que é uma perda de tempo arrumar a cama todo dia. Mesmo assim, ela vai. Puxa daqui, arruma dali, dobra de cá e pronto. Agora Ana já pode aproveitar o dia para fazer o que mais gosta: brincar!

        A noite chega e Ana vai dormir.

        _ Hum, que gostosa essa cama bem arrumadinha! – pensa a menina.

        Um novo dia chega e Ana acorda bem cedinho. A mãe da menina pergunta:

        _ Ana, já arrumou sua cama?

        _ De novo! – responde a garota.

Ela já tá cansada de tanto fazer a cama. “Para que arrumar a cama todo dia, se à noite vai bagunçar novamente?” – resmunga a menina. E com pressa para ir brincar, sai sem organizar sua cama.

Depois de um dia cheio de novidades, Ana vai dormir. A cama não estava arrumada e ela deita por cima da bagunça. De repente ela sente uma picada em seu braço e grita:

_ Mããããããe!!!

Quando a mãe de Ana chega em seu quarto, ela já está quase desmaiando. Virou um corre-corre. Todo o mundo foi correndo para o hospital.

O médico disse que a menina foi picada por um escorpião e, por pouco, não morreu. Tomou um soro contra o veneno do bicho e voltou para casa.

Agora Ana entende o que sua mãe tanto quis lhe ensinar: em cama arrumada, noite sem picada!

Autora: Carla Monique Oliveira